A comunicação é a economia
Uma das mais saborosas tiradas de Kevin Kelly -- e sabe-se que ele as tem bastantes -- encontrei-a na introdução de New Rules for the New Economy: «A comunicação – da qual falamos quando nos referimos à tecnologia do digital e aos media – não é um sector da economia. A comunicação é a economia». Tal como eu, aproveitem para saborear o sentido profundo da coisa… a comunicação é a economia… antes de continuarmos.
Nos últimos tempos -- com os tropeções das bolsas, NASDAQ e quejandos -- temos vindo a assistir a uma generalizada suspeição sobre o fenómeno da «nova economia». Há quem afirme que ela nunca existiu, há quem diga que não existe, há quem duvida que alguma vez venha a existir. Mas se atentarmos à definição de Kelly, é difícil negar a evidência: «Esta nova economia tem três características particulares: é global. Favorece coisas intangíveis – ideias, informação e relações. E é intensamente interligada. Estes três atributos produzem um novo tipo de mercado e sociedade, que tem as suas raízes nas ubíquas redes electrónicas».
É nestas ubíquas redes electrónicas que encontramos os traços fisionómicos da nova economia, tal como antes os encontrámos nas rotas marítimas, nos caminhos de ferro ou nas grandes redes viárias. Sem rede, não existe economia. Sem rede não existe, também, troca de informação, contacto, evolução, diversidade, profundidade. Qualidades que se têm vindo a acentuar à medida que as altas tecnologias – o digital, as tecnologias da comunicação e os media -- vão saturando a rede. A mensagem da tecnologia não é, porém, a simples aceleração do tráfego na rede, muito embora a velocidade – a velocidade impressa pela electricidade -- seja um elemento crucial.
Das vias romanas aos caminhos de ferro, destes às auto-estradas e destas às linhas aéreas, as redes que transacionam atómos também aceleraram ao longo dos tempos. O espaço e a distância foram reconfigurados segundo uma lógica de implosão. Mas a mensagem destas redes foi quase só: energia, alimentação, dinheiro, luxo. Porque a riqueza significava a acumulação de bens a jusante como a montante e não ainda a sua capacidade de movimento entre estes dois pontos.
Do telégrafo ao telefone, da rádio à televisão e destes à Internet, as redes eléctricas estimularam, cada vez mais, o transporte de ideias, relações e sentimentos, extendendo – tal como explicou McLuhan – os nossos sentidos. A electricidade acentuou o carácter simultâneo da acção e da sua consequência, envolvendo-nos a todos, individual e colectivamente, na noosfera social, económica, política. Tornou-nos mais responsáveis e isso também se reflecte na nova ética dos negócios, apesar de muitas vezes desconfiarmos que nos digam que as pessoas são o mais importante. A seu tempo, porém, a selecção natural distinguirá entre os fala-baratos do marketing e do CRM e as empresas que realmente ouvem e respondem aos desejos dos seus consumidores.
A tecnologia eléctrica é o meio que transforma, de um modo radical, as leis que regem a(s) nossa(s) sociedade(s) e a(s) nossa(s) economia(s). A sua mensagem são os efeitos, psiquícos e socias, individuais e colectivos, no homem. Aquilo a que McLuhan, à falta de melhor termo, chamou de «conversão».
Neste mundo de «conversos», do intangível, do holístico e do simultâneo, a riqueza não está no que se retém e no que é raro como o ouro, mas no que se partilha e é abundante como os terminais de computador, os telemóveis ou, em suma, a informação. O tempo dos avaros Chegou ao fim. E quer queiram, quer não, a nova economia existe e as pessoas não são exactamente as mesmas. Talvez isto não seja fácil de aceitar, mas Darwin já explicou sobejamente o que acontece aos teimosos.
Nos últimos tempos -- com os tropeções das bolsas, NASDAQ e quejandos -- temos vindo a assistir a uma generalizada suspeição sobre o fenómeno da «nova economia». Há quem afirme que ela nunca existiu, há quem diga que não existe, há quem duvida que alguma vez venha a existir. Mas se atentarmos à definição de Kelly, é difícil negar a evidência: «Esta nova economia tem três características particulares: é global. Favorece coisas intangíveis – ideias, informação e relações. E é intensamente interligada. Estes três atributos produzem um novo tipo de mercado e sociedade, que tem as suas raízes nas ubíquas redes electrónicas».
É nestas ubíquas redes electrónicas que encontramos os traços fisionómicos da nova economia, tal como antes os encontrámos nas rotas marítimas, nos caminhos de ferro ou nas grandes redes viárias. Sem rede, não existe economia. Sem rede não existe, também, troca de informação, contacto, evolução, diversidade, profundidade. Qualidades que se têm vindo a acentuar à medida que as altas tecnologias – o digital, as tecnologias da comunicação e os media -- vão saturando a rede. A mensagem da tecnologia não é, porém, a simples aceleração do tráfego na rede, muito embora a velocidade – a velocidade impressa pela electricidade -- seja um elemento crucial.
Das vias romanas aos caminhos de ferro, destes às auto-estradas e destas às linhas aéreas, as redes que transacionam atómos também aceleraram ao longo dos tempos. O espaço e a distância foram reconfigurados segundo uma lógica de implosão. Mas a mensagem destas redes foi quase só: energia, alimentação, dinheiro, luxo. Porque a riqueza significava a acumulação de bens a jusante como a montante e não ainda a sua capacidade de movimento entre estes dois pontos.
Do telégrafo ao telefone, da rádio à televisão e destes à Internet, as redes eléctricas estimularam, cada vez mais, o transporte de ideias, relações e sentimentos, extendendo – tal como explicou McLuhan – os nossos sentidos. A electricidade acentuou o carácter simultâneo da acção e da sua consequência, envolvendo-nos a todos, individual e colectivamente, na noosfera social, económica, política. Tornou-nos mais responsáveis e isso também se reflecte na nova ética dos negócios, apesar de muitas vezes desconfiarmos que nos digam que as pessoas são o mais importante. A seu tempo, porém, a selecção natural distinguirá entre os fala-baratos do marketing e do CRM e as empresas que realmente ouvem e respondem aos desejos dos seus consumidores.
A tecnologia eléctrica é o meio que transforma, de um modo radical, as leis que regem a(s) nossa(s) sociedade(s) e a(s) nossa(s) economia(s). A sua mensagem são os efeitos, psiquícos e socias, individuais e colectivos, no homem. Aquilo a que McLuhan, à falta de melhor termo, chamou de «conversão».
Neste mundo de «conversos», do intangível, do holístico e do simultâneo, a riqueza não está no que se retém e no que é raro como o ouro, mas no que se partilha e é abundante como os terminais de computador, os telemóveis ou, em suma, a informação. O tempo dos avaros Chegou ao fim. E quer queiram, quer não, a nova economia existe e as pessoas não são exactamente as mesmas. Talvez isto não seja fácil de aceitar, mas Darwin já explicou sobejamente o que acontece aos teimosos.
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